O começo de uma nova trilogia. O novo filme da saga Exterminador do Futuro desconsidera o que aconteceu no terceiro filme (o que fez muito bem) e mostra o futuro tão falado em todos os filmes, onde John Connor começa sua jornada para se tornar o grande líder humano contra as máquinas. O quarto filme da série tem cenas de ação bem dirigidas, efeitos especiais decentes e um novo astro para sustentar os demais filmes que vem por aí.
Não há complicações para entender a história, para quem assistiu aos outros filmes da série, a Skynet começou a guerra contra a raça humana, esse confronto deixou o planeta numa ambientação pós-apocalíptico. John Connor (Christian Bale) faz parte da resistência humana, tentando encontrar uma maneira para derrotar as máquinas, seguindo os conselhos da sua mãe, gravados em fitas cassetes. Paralelamente, o condenado a morte em 2003 Marcus Wright (Sam Worthington) acorda em 2018 (ano que se passa a trama) e procura entender como pode estar vivo e como o mundo foi devastado.
Em relação aos atores dessa nova fase de Exterminador do Futuro, Christian Bale tem a presença forte de um astro de Hollywood. Contudo, é Sam Worthington que rouba a cena com sua frieza e determinação. Para os mais distraídos e que não assistiram nenhum dos trailers, o personagem Marcus Wright adiciona um pouco de mistério a trama do filme. E para os fãs dos filmes, há um momento que eles irão pular das cadeiras com a participação mais que especial de um personagem querido por todos. Além disso há frases clássicas e a música dos Guns.
Quanto a cronologia, não nenhum problema visível como dizem alguns críticos. Os eventos que aqui ocorrem são anteriores a descoberta da máquina do tempo, ou seja, até aquele momento os dois primeiros filmes não mudaram o futuro, mas permitiram que John Connor permanecesse vivo para seguir com sua guerra contra as máquinas. Em relação ao roteiro, o incômodo mais visível é a tentativa de deixar mais dramática a história de Marcus, colocando, às vezes forçadamente, a questão da “segunda chance”. Não precisava explicitar essa questão, as atitudes determinadas e firmes do personagem em busca de redenção já seriam suficientes.
O diretor McG faz um excelente trabalho na direção das cenas de ação. A seqüência da queda do helicóptero com visão do interior do veículo ou a seqüência do ataque do robô gigante são de tirar o fôlego. O diretor só precisa ser mais cuidadoso na edição, o brusco corte da seqüência da chuva com Marcus e Williams (Moon Bloodgood) para uma onde a personagem Williams já está sendo cercada por bandidos é totalmente estranha, como ela ficou cercada de uma hora para outra?! Além disso, tem aquela velha história de filmes de ação, dezenas de soldados não conseguem acertar ninguém com suas armas, não é a toa que não vencem a guerra.
Para os fãs dos filmes, um novo fôlego, mostrando o tão esperado confronto entre Skynet e John Connor no caminho de se tornar o grande líder da resistência. Para quem não viu nenhum dos filmes, pode-se ficar perdido, um rápido resumo nos créditos iniciais, mas o atrativo de Exterminador do Futuro – A Salvação (2009) para quem não é fã é a ação consistente e bem realizada. Com certeza John Connor e as máquinas irão voltar para um próximo filme.
I’ll be back!
Nota: 8,5
Rafael Sanzio