Seguindo a tradição de levar às telas as histórias das mais famosas princesas, a Disney finalmente traz a história de Rapunzel, escolhendo acertadamente agradar o século em que está e fazer uma versão animada por computador. Além disso, retira a nobreza do príncipe tornando-o em um ladrão.
Na trama, Flynn Ryder (Luciano Huck) um egoísta ladrão, rouba a tiara da “princesa perdida” e foge dos soldados do rei. Ele consegue escapar subindo no alto de uma torre escondida no meio da floresta. Lá, tem um encontro com Rapunzel (Sylvia Salustti), uma garota de longos (e bota longos nisso!) cabelos loiros que vive presa dentro da torre por causa de sua falsa mãe, Gothel, que a raptou quando criança e utiliza os poderes mágicos do cabelo da princesa para rejuvenescer. Com esse encontro Rapunzel vai aprender a viver e Flynn a amar.
Como é um filme de computação gráfica, às vezes esqueço que a Disney está envolvida e não a Pixar. Aqui o projeto é da gigante do Mickey e por ser assim, sua trilha sonora é recheada por músicas originais e personagens cantando e dançando por 1/3 do filme. No começo é assustador, acostumado com a Pixar e sua trilha sonora instrumental ou indiferente se os personagens estão cantando ou não, mas Enrolados (2010) consegue o que quer e agrada: transformar cada canção em um show e é por isso que a Disney é conhecida.
A distribuidora brasileira aproveitou-se do fato de Luciano Huck fez o papel de marido de Rapunzel em Xuxa em Mistério o Feiurinha (2009). Esse deve ter sido o único motivo, pois a atuação do apresentador é fraca e não combina com o personagem. Ainda bem que não inventaram de colocá-lo para cantar.
Rapunzel tem personagens marcantes. Entre eles Max, um inusitado vilão cavalo caçador?! E a própria Rapunzel, que tem um carisma apaixonante e uma poderosa frigideira. Não posso deixar de comparar com a última produção da Disney com temática princesas: A Princesa e o Sapo (2009). Rapunzel consegue ser bem mais divertido, dinâmico e com um humor sensacional que coloca a princesa de Nova Orleans no chinelo.
Enrolados é previsível, mas encantador. Nós sabemos o que vai acontecer, podemos adivinhar como vai acontecer, mas a jornada até lá é gratificante. Um ótimo filme da Disney. Se não fosse a voz de Luciano Huck eu recomendaria.
Nota: 9
Rafael Sanzio