De uma adaptação para outra. Dragonball Evolution (2009) é levemente baseado na série criada por Akira Toriyama, Dragon Ball. Com certeza este filme não deve agradar aos fãs do anime , muitas características foram deixadas de lado para poder agradar um público-alvo mais infantil. O longa-metragem tornou-se uma aventura quase genérica com algumas idéias de Dragon Ball inseridas.
A história de Dragonball Evolution segue os passos de Goku (Justin Chatwin), um jovem de 17 anos que é maltratado por valentões da escola que mal sabem que o garoto é mestre em artes marciais. Goku mora com o avô desde pequeno, aprendendo a lutar e conhecer as lendas do mundo. Em uma delas conta que o planeta quase foi destruído por Piccolo (James Masters) e seu parceiro Oozaru, mas o vilão foi aprisionado por milhares de anos. Ao completar 18 anos Goku recebe de presente uma esfera do dragão, ao mesmo tempo que misteriosamente Piccolo é libertado. Cabe a Goku e seus companheiros reunir as sete esferas do dragão para realizar um desejo perfeito e salvar o planeta.
A trama desenvolve-se sem muitas complicações, de um jeito genérico de encontrar aliados e reunir itens para um objetivo maior. É interessante analisar como o início da história lembra o início de Homem-Aranha (2002), do fato de ter um mentor idoso que quase chega a dizer “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades” ou a luta de redenção contra os valentões da escola. Que por sinal é uma das seqüências que mais empolga no filme.
As atuações são aqueles de se esperar de um filme desse nível mediano para baixo. Justin Chatwin não lembra nada o Goku da série original, mas desde o começo essa não era a concepção do personagem para os produtores e diretor, portanto sua interpretação ficou naquela categoria de herói em busca de treinamento. Emmy Rossum e Jamie Chung, a Bulma e Chi Chi respectivamente, são aquelas que demonstram mais empenho e empolgação em suas personagens. James Masters está deformado com a maquiagem de Piccolo, além de ser limitado a grunhidos e ações megalomaníacas (se bem que isso é típico dos vilões de Dragon Ball). Chow Yun-Fat (Mestre Kami) perceptivelmente brinca na atuação, proporcionando uma estranha mistura de humor e seriedade desequilibrada ao personagem, que mais uma vez difere do anime e para o filme não funciona por falta de empenho do ator em levar-se a sério. Talvez seja a melhor atitude para quando for explicar a participação neste tipo de filme.
Os efeitos especiais são um problema, principalmente nas seqüências da larva e de Oozaru. O Dragão das esferas perdeu grande parte de sua magnitude e presença que tinha no anime, o dragão chinês do filme D-War (2007) foi bem melhor apresentado e produzido do que este aqui. E Oozaru teve seus efeitos tão ruim quanto o lobisomem do filme brasileiro O Coronel e o Lobisomem (2005).
A 20th Century Fox foi um dos estúdios utilizados e também distribuiu o filme. Com exceção de X-Men, a Fox continua sua jornada de péssimas adaptações. As modificações feitas
Nota: 5,5
Rafael Sanzio
2 comentários:
Imagine o seguinte.... pegue um livro do Sítio do PicaPau Amarelo, retire a capa e coloque por cima a capa de Senhor dos Anéis.
É mais ou menos isso que foi feito com esse filme... foi dito na crítica que "Evolution" só existia no título, pois eu vou um pouco mais longe... "Dragonball" é que só existe no título... nada naquele filme tinha haver com a história original de Toriyama.
É como no exemplo que eu dei... vamos chamar Visconde de Sabugosa de Aragorn, Pedrinho e Narizinho de Frodo e Sam, a Cuca de Sauron e a Dona Benta de Gandalf .... pronto ... foi feita uma adaptação que deixaria Tolkien orgulhozíssimo.
Na minha opinião mais otimista é um lixo comparável ao filme de "sessão da tarde" em que Hulk Hogan interpretava a babá de uns garotinhos ricos...
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