sábado, 25 de abril de 2009

O Justiceiro - Zona de Guerra


O que faria do O Justiceiro – Zona de Guerra (2008) ficar diferente de outros filmes do gênero, como Hitman, Max Payne etc? Com personagens que saem em busca de vingança pessoal, por motivos diversos, mas com a maioria envolvendo a morte de familiares. O Justiceiro difere exatamente por ser um personagem vindo do mundo em quadrinhos, tentar modificar isso é transformá-lo em um personagem qualquer que se perderia no meio de tantas histórias iguais. A diretora Lexi Alexander entendeu isso e conseguiu imprimir com fidelidade o Justiceiro dos quadrinhos da MARVEL para as telonas, trazendo personagens marcantes e exibindo o verdadeiro Justiceiro ao público.


Já faz cinco anos desde que a família de Frank Castle está morta, nesse tempo o ex-membro das Forças Armadas criou para si uma nova identidade como O Justiceiro e vem exterminando vários criminosos durante sua carreira. Até que certa noite colabora de forma violenta na criação de um novo vilão, Retalho, um mafioso chamado Billy Russoti que sobrevive ao Justiceiro, mas fica terrivelmente desfigurado no processo. Agora, Retalho busca vingança e tentará de todos os meios atingir o anti-herói.


Pelas minhas contas existiram mais dois justiceiros, um com Dolph Lundgren e outro em 2004 com Thomas Jane encarnando Frank Castle e John Travolta como vilão. Mas este filme cativa muito mais que os outros pelo fato de ser fiel aos quadrinhos. Não é a toa que há no filme o selo da Marvel Knigths, marca das revistas da Marvel bem mais violentas que as tradicionais. A diretora deixa bem claro para nós como vai ser o filme logo na seqüência inicial, que nos impressiona e até pode chocar alguns, com a pura violência aplicada por Frank Castle.


A violência precisa ser defendida nesse caso, ela não é gratuita. O Justiceiro não é como os outros heróis da Marvel, ele não tem poderes bonitos ou esteticamente chamativos para camuflar a não-violência contra os inimigos. O poder do Justiceiro está nos armamentos que ele usa, sua arte em matar, por isso é preciso mostrar a violência explícita, para que saibamos o motivo pelo qual os bandidos tremem diante do anti-herói.


Infelizmente trazer os quadrinhos para tela tem suas desvantagens, como colocar certos personagens que ficam canastrões se não forem bem aproveitados. Retalho é um exemplo, o ator Dominic West (Sorriso de Monalisa) parece que tem um ovo na boca ao usar o sotaque italiano, enquanto que na sua fase Retalho, ele às vezes perde o controle da interpretação, ficando muito espalhafatoso. Além disso, a maquiagem o deixou como se fosse um parente de Mason Verger, personagem interpretado por Gary Oldman em Hannibal (2001). Em compensação, o filme tem personagens divertidos e que roubam a cena, como Microchip (Wayne Knigth) e o detetive Soap (Dash Mihok). Ray Stevenson como Justiceiro também está condizente com o personagem, ou seja, durão e com cara de mal.



O roteiro tem suas falhas, mas acertaram em não tentar mostrar o Justiceiro novamente em começo de carreira. Mas ainda assim, existem os embaraçosos momentos flashbacks da família de Castle, pelo jeito é uma regra geral do cinema que deve sempre mostrar que o herói ainda tem coração. E na seqüência do recrutamento feito por Retalho, apesar de sabermos que é uma crítica, o filme perde-se um pouco em sua lógica ao criar essa seqüência satírica que poderia ter sido feita um pouco mais séria.


Apesar de ter vindo diretamente para DVD, O Justiceiro – Zona de Guerra não tem uma produção ruim e a direção de Alexander está muito boa. Ela não precisou imitar todos os storyboards dos quadrinhos para fazer um bom filme para a Marvel.


Sendo assim, O Justiceiro – Zona de Guerra é um filme divertido e imperdível para os fãs do personagem. Quanto ao resto do público, basta gostar do gênero e ter estômago para muita violência e um herói que não segue as boas regras de conduta.



Nota: 8



Rafael Sanzio

2 comentários:

Moziel T.Monk disse...

Coincidentemente acabei de assisti-lo. Particularmente eu acompanhava as histórias do personagem nos quadrinhos há alguns anos, e essa versão realmente reproduziu bem o seu clima violento, até exagerando plasticamente nas cenas violentas. Mas achei o tratamento dos personagens muito caricato, principalmente o retalho. Mas o Ray "Tito Pullus" Stevenson como Frank Castle ficou muito bom, superando os anteriores Dolph Lundgren e Thomas Jane.

Phant disse...

uuuuuhuuuuuu sem palavras
filme du karai!!!!!!
melhor cena foi a dos nego do leparcu, na hora que o doidinho ta com munganga pulano de cabeça pra baixo e um missel surge e evapora o nego. demais!!!!!!!!
bem mas achei algumas cenas fraquinhas, o enrendo achei com algumas falhas e cenas um pouco "forçadas", mas tudo bem, é uma historia em quadrinho.
pra o justiceiros, apesar do Ray ter ficado legal, acho o Dolph Lundgren com uma aparencia melhor par ao papel.Mas o Ray até que se superou.

A caricatura na hora do recrutamento, poderia ter sido mais bem feita, ficou tosca. E o microchip achei que teve uma participaçao muito pequena, apesar de no final ele ter sido meio q "fundamental".

no geral, fantastico