segunda-feira, 4 de maio de 2009

X-Men Origens: Wolverine


Para deixar bem claro eu assisti ao filme solo do mutante no cinema. Um mês antes do lançamento do filme X-Men Origens: Wolverine (2009) uma cópia não finalizada vinculou pela internet, preenchendo as prateleiras do comércio pirata de filmes. O diretor Gavin Hood alegou que boa parte dos efeitos especiais não estavam prontos e que deveríamos assistir o filme no cinema. Contudo, o filme finalizado peca gravemente nos próprios efeitos especiais, tanto no uso básico do cromaqui (Aquelas telas verdes ou azuis onde você coloca imagens que você quiser), quanto nas personagens tão importantes quanto o Wolverine, as garras!


Como o próprio título do filme implica, a história mostra a origem do mutante Wolverine (Hugh Jackman), que se destacou na vida dos X-Men. Revelações como o parentesco com Dentes-de-Sabre (Liev Schreiber) e o envolvimento com o Projeto Arma X liderado por William Stryker (Danny Huston). Todos esses acontecimentos levantam questões sobre a verdadeira natureza do mutante, seria ele um homem ou um animal? Qual lado ele irá abraçar?


Antes de registrar a revolta com os efeitos especiais, é necessário falar um pouco mais sobre o filme em si. O roteiro leva o mutante ao encontro de vários outros mutantes, ou seja, são muitos personagens que tentam se destacar de alguma maneira. Mas apenas Wolverine e Dentes-de-Sabre são realmente trabalhados na história, mas entre os vários mutantes “figurantes” quem deixa um gostinho de “quero mais” é o personagem Deadpool, interpretado carismaticamente por Ryan Reynolds. Analisando o conjunto da obra, fica aquele pensamento de que seria muito mais gratificante se o filme só abordasse aquele grupo inicial de mutantes à serviço de Stryker, ali teria muito mais material para bons momentos de ação, comédia e entretenimento, em comparação ao resultado final.


A direção é outro ponto falho. A seqüência inicial é carregada com uma cena bizarra do menino usando as garras, porém se salva com a seqüência de créditos que segue as várias guerras pelas quais Logan e Victor passaram. Mas permitir que um filme de Wolverine não alcance uma censura alta, é uma ofensa ao mutante da Marvel que estraçalha seus inimigos.



Wolverine é um ícone dos quadrinhos, talvez com um número de fãs tão grande quanto do Homem-Aranha. Os produtores erraram em não dar o devido valor a esse herói, preferiram dar um orçamento de filme independente para X-Men Origens: Wolverine. Talvez com o vazamento do filme eles acharam mais certo agilizar o lançamento, não dando o devido tratamento aos efeitos especiais. Se forem espertos, o DVD chegará com melhorias dos efeitos, dando um suporte estético maior ao filme.


X-Men Origens: Wolverine começa com grande potencial, mas perde-se nas aparições oportunistas de outros personagens, em cenas constrangedoras como a da caminhada para o pôr-do-sol tendo alguém gravemente ferido nos braços e ainda uma péssima qualidade de efeitos especiais que torna o filme ainda mais intragável. O personagem já está bem construído com Hugh Jackman, falta um diretor com coragem para realmente fazer um bom filme com Wolverine.



Nota: 6,5



Rafael Sanzio

3 comentários:

Thaisa Carvalho disse...

bem.... como eu n vi o filme ainda mas pretendo assistir hj que e´quarta n vou opinar sobre o filme, mas 6,5 me deu uma dor no coração!! eu ja tinha ouvido que ele peca nos efeitos... mas enfim.. vou assistir ever se concordo ou acho que 6,5 é meio pobrinho pra o filme de wolverine!

\o/ star trek na sexta!
vamo ver esse fds se der? vamo vamo?

Rafael Sanzio disse...

Adicionais: Mencionei as garras mas não falei delas adiante.

Na série X-men as garras eram próteses que davam conta do recado, já neste filme solo, provavelmente devem usar próteses também mas grande parte das cenas (as garras de adamantium) essas garras são digitalizadas. E muito mça acabadas! Só preciso mencionar a sequência do banheiro aonde ele analisa as garras, que deveria ser um momento de capricho por parte dos efeitos especiais.

Quanto ao cromaqui em geral, são várias cenas. A sequência final, que por mais que diga que foi efeito para parecer uma pintura, não combinava com o enredo. Além disso a cena com a velhinha trazendo o café, dá para ver o efeito digital na janela, fazendo com que note-se que algo vai acontecer.

E por último, quando mencionei orçamento de filme independente. Foi mais pelo resultado do acabamento do filme parecer com essa minha alegação do que realmente ter sido um orçamento do gênero. O orçamento foi na média de 150 milhões de dolares, o que poderia ser bem aproveitado... podemos colocar a culpa também na equiepe responsável pelos efeitos especiais.


Esses são os adcionais sobre a crítica. Achei melhor especificar mais pois tenho encontrado pessoas que ovacionaram os efeitos especiais. Vai entender, cada um com sua opinião...

Rafael Sanzio disse...

Errata: Meu amigo disse que cromaqui escreve "Croma Key".