sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Modinha Crepúsculo


Recentemente aconteceu as filmagens no Brasil do quarto filme da cine-série Crepúsculo, Amanhecer, com isso a mídia brasileira tenta de todas as formas mostrar o set de filmagem e garantir entrevistas exclusivas dos astros Robert Pattinson e Kristen Stewart. Enquanto isso fãs histéricas gritam em direção de sacadas de hotéis de luxo para vislumbrar seus ídolos. Alguns cinéfilos se perguntam como um filme desses possui tanta fama, enquanto filmes de melhor qualidade não possuem fãs histéricas? Na verdade a resposta é óbvia, mas mesmo assim é de se admirar tanta fascínio por um ator ou por um filme. Mas a despeito de preconceitos, os críticos realmente estão analisando os filmes da saga Crepúsculo? Deixando o fanatismo de lado e o preconceito pelas “modinhas” vamos analisar os três filmes da saga Crepúsculo.

O primeiro filme apareceu timidamente, surgindo como uma adaptação de um livro de Stephenie Meyer, autora relativamente desconhecida que transformou os míticos vampiros em seres com hormônios sobrenaturais presos a paixões adolescentes. O filme Crepúsculo (2008) tinha sua qualidade técnica equiparável ao de um filme produzido para televisão, descompromissado com qualquer narrativa cinematográfica, Crepúsculo foi um passeio ameno pelo o universo da autora, com interpretações empenhadas em transmitir as mesmas expressões e sentimentos descritos no livro. Desde a falta de fôlego de Bella à prisão de ventre, digo, a necessidade de Edward em se controlar ao lado de Bella. Admiradores do mundo vampiresco clássico criticaram arduamente a versão de Meyer dos vampiros, relatando que ela deturpou a imagem do monstro da noite, mas o que a autora fez foi transferir um romance adolescente para um cenário sobrenatural e o sucesso de Crepúsculo está aí, em sua fidelidade em demonstrar o que uma garota adolescente sente ao estar perto do “cara” que pode ser o homem de sua vida.

Com o sucesso estrondoso, os produtores perceberam que deveriam investir mais no filme, transformando sua qualidade para atingir um público maior. E já demonstrando suas pretensões, acrescentou ao lado do título original o nome A Saga Crepúsculo: Lua Nova (2009) então estava aí a certeza que os filmes seriam rentáveis. Independente da qualidade do filme, foi a partir de Lua Nova que para um bom apreciador de cinema, era necessário escolher bem o dia para assistir o filme. Acreditem ou não, tive que assistir Lua Nova duas vezes no cinema e não foi porque eu amei a primeira vez, mas porque meu julgamento foi deturpado pelas condições externas durante a exibição. Não pude escutar a trilha sonora do filme, pois estava imerso a gritarias de fãs a cada 3 minutos de exibição, como em sã consciência alguém poderia julgar um filme dessa forma? Passada essa experiência terrível a segunda vez foi melhor. Aparece as constrangedoras cenas “para gritar”, cientes das fãs histéricas do filme, o diretor nitidamente cria momentos de câmera lenta com Edward caminhando e Jacob, o que isso tem a acrescentar a narrativa do filme? Nada, mas de certa forma é necessário ao apelo dos fãs e tentar conseguir acabar com a explosão de hormônios em cenas pré-determinadas e torcer para que não gritem em cenas mais dramáticas. O que podemos perceber dessa sequência foi a melhoria técnica, a direção de Chris Weitz conseguiu tirar a imagem de filme para TV do primeiro Crepúsculo, os efeitos especiais melhoraram bastante, tirando imediatamente o medo de imaginar que colocariam um lobo normal para representar os “lodisomens”. Um agrado para os não-fãs de Crepúsculo foi o surgimento de “vampiros de verdade”: os Volturi, tornando-se as interpretações que mais se destacaram no longa-mentragem. Porém, o roteiro criou uma mesmice, sai o vampiro entra o transfigurador, mesma premissa “não posso ficar perto de você”, além disso, da mesmo forma que o acréscimo da ação foi bom com os transfiguradores, perdeu em sentido com a luta entre Edward e Félix, além de não existir no livro, Edward lê pensamentos, ele não deveria perder. A Saga Crepúsculo: Lua Nova melhora em técnica, mas não cresce em roteiro, contudo, se firma como sucesso incontestável entre o seu público-alvo: adolescentes sonhadoras.

Então chegamos ao último filme da saga Crepúsculo em exibição, com direção de David Slade, todos já sabem do sucesso garantido do filme. Investe-se em ação O terceiro filme não tem nada de novo para apresentar, virou puro e simplesmente entretenimento, já estamos acostumados com o universo de Crepúsculo, já vimos os lobisomens e já entendemos os Volturi. O terceiro filme é uma passagem, sem momentos marcantes, para a finalização que é o quarto filme. A Saga Crepúsculo: Eclipse (2010) só possui pontos negativos que merecem ser destacados: a mudança da atriz Rachelle Lefevre (Victoria) pela atriz Bryce Dallas Howard, apesar da perceptível intenção de aumentar a carga de interpretação, a personagem perdeu em suas feições o espírito selvagem característico dos vampiros nômades tão bem expostos no primeiro e segundo filmes. Outra péssima adaptação foi a transformação dos vampiros em blocos de mármore, o fato de eles serem duros para os humanos não precisavam literalmente transformá-los em gárgulas ambulantes. De fato, o terceiro filme é esquecível, diferente dos outros dois com suas características próprias e momentos impactantes.

Com isso pessoal o que podemos determinar sobre a saga Crepúsculo? Um filme que não deve ser assistido, mas criticado assim que algum fã histérico mencionar seu nome? Ou ovacionado sem ao menos perceber seus detalhes e técnica? Pois, apesar do sucesso garantido acredito que os diretores querem que o público perceba suas marcas e melhorias que transferiram aos filmes da série. Vamos remover a cegueira de ambos os lados, se quer criticar assista, mas com olhos no filme e não em suas ideologias preconceituosas. Isso que falei vale para os dois lados. Para mim, Crepúsculo é entretenimento, sem mais a acrescentar ou diminuir.


Rafael Sanzio

7 comentários:

natalia coelho disse...

eu amo ele o primeiro filme que eles fizeram do crepusculo na primeira vez que eu vi ele eu me apaixone pela bella e pelo edward e muitoo bom digo para os faz nunca dessista de assistir muitas e muitas vezes o filme crepusculo o lua nova e o eclipse porque voces nao vam se arepender pode ser menina,menino,crianças,jovens,adultosoinportante que agente ama ele

Unknown disse...

robert vc é d+ lindoooooooooo
kritem vc é d+ tambem bjsssssssss shayane

Anônimo disse...

O legal é que o cara faz um artigo CRITICANDO Crepúsculo e aparece uma fã histérica dizendo "robert vc é d+ lindooo". Tipo, wtf? O Pattinson nem tá vendo ela. Af, vai dormir, vai --'

Catharine Macedo disse...

Eu ate concordo que os filmes da saga crepusculo, não acrescentam em nada no intelecto literario e nem fazem critcas a sociedade coteporanea. Mas, por favor! Qual é a adolescente que não sonha em ter um dia de Bella? Qual é a menina que não mataria para ficar em uma cabana no meio do gelo sendo aquecida por um jacob da vida?
E concordo que é importante ter filmes com conteudo critico, mas qual seria a graça da vida se todos os filmes fossem assim?
As vezes é bom entrar em um cinema e ver um filme onde vc sabe que nada é real, essa é a magia do cinema.
Bom, mas é apenas o que eu penso...

Mega*Dicas disse...

eu acampei na frente do hotel copacabana palace! cheguei em ksa toda queimada, mas eu nao sai de la até conceguir ver eles... fiz amizade com um seguranca... e finalmente concegui ver eles! tbm vi os jonas mas eles nao me enterecam... AMOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!! TE AMO ROBERT!!!!!!!!!!! TE AMO KRISTEEN!!!!!!!!

Unknown disse...

Concordo com o comentário de "c.m freedon e olha que não sou uma adolescente( na idade rsrs pois tenho 47 anos)só na mente aí sim sigo jovem e adorei os filmes espero pelo ultimo (amanhecer) e claro que o vou ver com o maior entusiasmo . mas claro que tbm é só o que eu penso ............

Unknown disse...

EU AMO O ROBERT E KRISTEN ELES SAO DIMAIS BJS