Muitos
estão comparando esse novo Conan
(2011) com o filme de 1982 com Arnold Schwazenegger. Temos que encarar que aqui
é uma nova proposta, da mesma forma que o filme com o ex-governador da
Califórnia foi, porque, quem acha que aquele Conan se parecia com o personagem
do autor Robert E. Howard no qual foi baseado, está bem enganado.
Na
trama conhecemos Conan (Jason Momoa), nascido na guerra e feito para matar.
Desde criança (Leo Howard) mostrou habilidade incríveis para a batalha. Até que
um dia sua tribo é dizimada por Zym (Stephen Lang), que busca juntar os pedaços
de uma máscara antiga para ressuscitar sua esposa. Conan cresce alimentando
essa vingança, bem como aperfeiçoando suas habilidades com a espada para ser
digno de usar o artefato criado pelo pai.
O
roteiro vocês sabem o que esperar. O que foi a crítica negativa de alguns não me
influenciou, o divertido de Conan são
as quantidades de vilões que ele tem que estripar, cada um com uma
característica diferente, apesar de não serem bem desenvolvidos na
interpretação, são melhores aproveitados do que os vilões coadjuvantes de
filmes como Electra (2005) e Motoqueiro Fantasma (2007). O que incomoda
é o fato de uma não explicação lógica para as tribos não destruírem a máscara,
porque se ela foi despedaça poderia muito bem ser destruída, queimada etc.
O
destaque da produção é do ator Leo Howard, o jovem que faz Conan quando criança
rouba a cena do filme, ficamos até imaginando como seria as aventuras de Conan nessa
idade. Mas Jason Momoa é um bom Conan? Ele não lembra Khal Drogo, seu
personagem na série da HBO Games of Thrones. Ele criou um personagem forte, mas
há mais deslizes em sua interpretação do que um equilíbrio do personagem Conan
deveria ser. Os vilões estão caricatos, forçados e esquecíveis.
A
direção de Marcus Nispel acerta no tom da violência, não exagerando nem saindo
de linha. Talvez a cena inicial choque, mas poderia ser bem pior. A montagem é
fraca, é decepcionante o trabalho de continuidade do longa. Uma hora o bárbaro
está lutando à cavalo em outra ele está perseguindo e dessa vez bem lá atrás do
oponente. Não há uma ligação coerente entre as cenas, percebemos que há takes
diferentes de uma mesma sequencia.
Com
um final totalmente anticlímax, pois a batalha com o Khalar Zym deveria
realmente ser uma batalha em um lugar grandioso, Conan consegue ser um filme mais equilibrado que seu antecessor,
mas possui vários defeitos provenientes do gênero.
Nota: 6
Rafael Sanzio