Os Estranhos (2008) não é um filme de horror daqueles que precisa ter uma morte em cada cena. Ele trabalha com o terror, onde tenta fazer o público sentir a tensão que os personagens estão passando sem apelar para monstros vindos de outros planetas ou psicopatas imortais. O terror vem de seres humanos doentes e imprevisíveis.
O casal Kristen (Liv Tyler) e James (Scott Speedman) pretendem passar a noite na remota casa de veraneio dos pais de James. O que eles não esperam é a visita de três estranhos mascarados, que sentem prazer em aterrorizar o casal. Presos na própria casa, os dois logo perderão a ideia de que o lar é sinônimo de segurança e paz.
Um dos produtores do filme, John Kretsehmer, alega que Os Estranhos chega com uma forma original de apresentar o terror. A ação passar-se dentro da casa, o perigo estar do lado de fora. Contudo, essa mesma abordagem aparece em Temos Vagas (2007), com seu contexto muito interessante e com uma homenagem ao diretor Hitchcock. Todavia, Os Estranhos ganha pontos extras sobre Temos Vagas por causa de seus psicopatas, enquanto que nesse último os atores demonstravam claramente que não sabiam o que fazer, parecendo com um simples psicopata saído de um dos filmes do Pânico, já no filme com Liv Tyler, o trio de assassinos perturba com seu ar calmo e ciente do que estavam fazendo. Além de o figurino ter sido mais uma forma de compor o terror proveniente dos personagens.
O casal Kristen (Liv Tyler) e James (Scott Speedman) pretendem passar a noite na remota casa de veraneio dos pais de James. O que eles não esperam é a visita de três estranhos mascarados, que sentem prazer em aterrorizar o casal. Presos na própria casa, os dois logo perderão a ideia de que o lar é sinônimo de segurança e paz.
Um dos produtores do filme, John Kretsehmer, alega que Os Estranhos chega com uma forma original de apresentar o terror. A ação passar-se dentro da casa, o perigo estar do lado de fora. Contudo, essa mesma abordagem aparece em Temos Vagas (2007), com seu contexto muito interessante e com uma homenagem ao diretor Hitchcock. Todavia, Os Estranhos ganha pontos extras sobre Temos Vagas por causa de seus psicopatas, enquanto que nesse último os atores demonstravam claramente que não sabiam o que fazer, parecendo com um simples psicopata saído de um dos filmes do Pânico, já no filme com Liv Tyler, o trio de assassinos perturba com seu ar calmo e ciente do que estavam fazendo. Além de o figurino ter sido mais uma forma de compor o terror proveniente dos personagens.
O silêncio e os pequenos barulhos são os grandes protagonistas desse filme. Cada som estranho deixa em alerta tanto os protagonistas como o público que assiste. E um destaque adicional para a seqüência onde o disco arranhado toca, aquele trecho da música tocando repetidas vezes exprime que algo ali está errado, que algo está perturbando o ambiente e que precisa ser parado, antes que enlouqueça alguém.
O filme é baseado em fatos reais, o que pode deixar alguns decepcionados quando em seu desfecho não há nenhuma menção de que fim levou cada personagem. O que deixa mais uma incógnita sobre o final, aquilo foi um final típico de filme de terror ou realmente terminou daquele jeito?
Para os mais céticos, o filme talvez não consiga prender a atenção quanto ao terror, já que estarão preocupados demais em xingar os personagens de Liv Tyler e Scott Speedman, torcendo para que eles deixem de tomar atitudes estúpidas. Mas para os fãs do gênero e que entendem que numa situação dessas não há como parar para pensar, Os Estranhos é algo interessante de se ver.
Nota: 7,5
Rafael Sanzio
2 comentários:
Não sou muito fã do gênero, mas vez por outra me arrisco a assistir. VI "Os Estranhos" há umas 3 semanas. Concordo que o filme foi competente em gerar um clima de suspense com poucos elementos e não apelando tanto para os clichês. Mas eu particularmente me decepcionei um pouco por criar uma expectativa em relação à motivação do trio e por ser induzido, pela sinopse na capa do DVD, que haveria uma reviravolta na trama e que as vitimas se tornariam tao ou mais cruéis que os algozes.
Aproveitando, parabéns pelo blog. Caí aqui por acaso e sua prosa agradou bastante. Boa sorte!
Obrigado. E realmente, a sinopse engana mesmo. Mas afinal, eles querem que você assista o filme e as vezes apelam para a propaganda enganosa.
Infelizmente os clichês ficaram apenas na burrice dos personagens, mas como eu disse, só os mais céticos é que vão se preocupar com isso.
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