
Na história, Behmen (Nicolas Cage) e Felton (Ron Perlman) são cavaleiros das Cruzadas que passam anos levando o nome de seu Deus às terras pagãs. Mas depois de tanta carnificina, os dois cavaleiros ficam cansados e viram renegados ao desertarem da Guerra Santa. Ao voltarem para a Europa, notam a desolação da região pela peste, praga atribuída à feitiçaria de uma jovem (Claire Foy) que é acusada de bruxaria. Com a Igreja no comando, os dois desonrados cavaleiros podem reconquistar sua reputação se conseguirem levar a bruxa para um monastério distante onde ela será devidamente julgada.
Para quem conhece o trabalho de Joseph Campbell e Cristopher Vogler, o roteiro de Caça às Bruxas está na linha do trabalho desses dois escritores, A Jornada do Herói. Leitura essa obrigatória para quem quiser conhecer a estrutura narrativa das histórias e geral, desde os mitos antigos aos filmes Hollywoodianos. Aqui podemos perceber o herói, no seu mundo comum que são as guerras e resolve sair dele tentando transformar-se. Aparece a chamada à aventura que é levar a bruxa ao monastério e nessa jornada incorpora-se aliados e inimigos a jornada até chegar ao objetivo final. Previsível, mas bom entretenimento. Para aqueles que esperam mais de um roteiro, você ficará decepcionado ao ver que tudo é simples, sem nenhuma trama intricada ou demais possibilidades.
Apesar dessa simplicidade do roteiro, o diretor Dominic Sena produz momentos interessantes no filme, o que diz respeito a ação ou produção do clímax. Em destaque a luta final e maneiras diferentes de destruir inimigos e a sequência inicial.
Para aqueles que gostam de filmes um “algo à mais” vai ficar na cabeça durante todo o longa metragem a nítida certeza que deveria ter ido assistir um filme mais substancial. Para aqueles que curtem uma ida ao cinema, sem pensar demais e se divertir acima de tudo, Caça às Bruxas é um bom entretenimento.
Nota: 6
Rafael Sanzio